Existem 26 bandeiras náuticas de sinalização marítima internacional, e cada uma dessas bandeiras náuticas tem um significado diferente dependendo de como está sendo usada.
Os telefones de rádio e satélite VHF nem sempre existiram. De volta ao passado – há muito tempo atrás, como antigamente – os marinheiros içavam bandeiras náuticas para se comunicarem uns com os outros.
O nome oficial de hoje para bandeiras de barcos é sinalizadores de sinalização marítima internacional.
Existem 26 bandeiras náuticas de sinalização marítima internacional, cada uma representando uma letra diferente do alfabeto, e cada uma tendo um segundo significado que é uma mensagem para outros velejadores.
CÓDIGO INTERNACIONAL DE SINAIS (CIS)
O Código Internacional de Sinais (CIS) regulamenta o uso de sistemas de sinalização (óptica, fonética, radiotelefônica e radiotelegráfica) e permite a transmissão de mensagens essenciais, independentemente da língua falada.
O CIS é composto por 26 bandeiras alfabéticas quadrangulares, significando uma letra cada bandeira dez bandeiras náuticas significando os números de zero a nove (galhardetes numéricos), três cornetas substitutas e um galhardete distintivo do CIS para ser içado antes da resposta à mensagem recebida.
Todas as bandeiras alfabéticas, excetuando-se a letra “R”, significam uma mensagem distinta. À frente de cada bandeira é indicado um galhardete alfabético que padroniza como a referência à bandeira deve ser soletrada nas comunicações via rádio (galhardetes Alfabéticos). Admite-se a combinação de umas bandeiras náuticas com as outras sendo lidas do topo para a base. Ademais, as bandeiras náuticas estão concebidas de modo a ser reconhecidas mesmo estando parcialmente cobertas.
Em regra, os sinais do CIS se referem, essencialmente, à segurança da navegação e da vida humana no mar.
Cada sinal representa um significado completo o que harmoniza a interpretação e facilita as comunicações internacionais.
Nos termos do CIS, verificam-se sinais relativos às bandeiras náuticas, seu formato e significado conforme segue:
Galhardetes Numerais e Cornetas Substitutas
O procedimento de sinalização náutica contemplado pelo CIS envolve, além da sinalização pela bandeira, o envio de alerta pelo sistema GMDSS.
Encontra-se em vigor a partir de 1º de abril de 1969 e foi editado, pela última vez, em 1988 pela IMO (International Maritime Organization).
O “GLOBAL MARITIME DISTRESS AND SAFETY SYSTEM” (GMDSS)
O “Global Maritime Distress and Safety System” (GMDSS) é um sistema de emergência e comunicações para embarcações assente numa combinação de serviços baseados em sistemas rádio e satélite. O Sistema substituiu o sistema anterior baseado no Código Morse e os canais de emergência em MF.
O GMDSS consiste em um sistema automático que contempla a utilização de satélites, em tecnologia digital seletiva. Caracteriza-se pela automação e por possibilitar comunicações eficientes, mobilização rápida de contingentes de busca e salvamento, coordenação das operações.
O Sistema contempla nove funções específicas que devem ser desempenhadas independentemente da área marítima onde os navios se encontrem:
- Transmissão de alertas de socorro navio-terra;
- Recepção de alertas de socorro terra-navio;
- Transmissão e recepção de alertas de socorro navio-navio;
- Transmissão e recepção de comunicações necessárias à coordenação das operações de SAR;
- Transmissão e recepção de radiocomunicações na cena de ação;
- Transmissão e recepção de sinais destinados à localização de navios / balsas salva-vidas em perigo;
- Transmissão e recepção de informações de segurança marítima (MSI);
- Transmissão e recepção de radiocomunicações em geral; e
- Transmissão e recepção de comunicações passadiço- passadiço
Operacionalmente, quando o sinal de perigo é transmitido por um navio pela DSC (chamada seletiva digital), os navios dentro do alcance da embarcação em perigo também serão alertados (alerta navio–navio).
Na hipótese de naufrágio, o sistema é automaticamente ativado e se inicia a transmissão de um alerta de perigo para os satélites do GMDSS.
Esses alertas são retransmitidos para estações terrenas para imediato processamento e retransmissão para um Centro de Coordenação de Salvamento do país responsável pela área do acidente.
O GMDSS revolucionou os sistemas de comunicações de busca e salvamento marítimo e contribuiu, de forma inegável e eficaz, para a segurança da navegação.