Eles são nossos melhores amigos e estão prontos para diversão. Aprenda como cuidar de seu pet a bordo.
Nos dias de hoje, já fazem parte de muitas famílias diversas espécies de animais, os chamados pets, quando não de meu “filhinho” ou “meu amigão”; com direito a todas regalias de um tripulante de honra; cama, hora do passeio, banho e utensílios de alimentação e recreação. Tudo bem, mas estamos tomando os devidos cuidados de segurança com eles, conosco e com as pessoas que irão ter contatos com esses pets? Vamos à reflexão!
Animais silvestres, como papagaios, o famoso do pirata, ou Louro José, só podem ser de criadouros oficiais, caso importados, e sempre com vias de importação e devidas guias de saúde, se for pego sem documentação na embarcação, o bichinho e proprietário estarão com grandes problemas. Não adianta dizer que comprou na feira de uma cidadezinha na costa brasileira, ou qualquer outro país, “porque o animalzinho estava sofrendo”, é cadeia por tráfico de animais.
Mas vamos aos pets, especificamente cães e gatos. Esses animais quando saem de suas casas para a embarcação, não parece, mas sofrem estresse de adaptação, que claro com o tempo diminui para a maioria dos animais. Tentam sair da embarcação, emitindo sons, gatos pulam do barco na primeira abertura da caixa de viagem, alguns caem na água, estamos falando de animais ainda não ambientados.
Também tem o risco de adquirirem e transmitirem doenças, tanto aos seres humanos (zoonoses) como de, ou para, outros animais. Destaco aqui doenças que os cães podem adquirir, como verminoses, diriofilarioses, estão sendo umas das mais perigosas (um verme que dá no coração que pode transmitir aos humanos através de pernilongos), carrapatos, berne, pulgas, sarnas, vírus da raiva, parasitas de sangue (leishimanisose), bactérias como a leptospirose e outras.
Através das fezes na areia podem contaminar o ser humano com o famoso bicho geográfico, quando não estão corretamente vermifugados. Lembro que em muitas praias é proibido por lei levar animais à areia.
E para eles (pets)? Os riscos nas embarcações são muitos, vamos destacar alguns. Claro que o primeiro é o afogamento, para isso existem coletes específicos para animais, inclusive com cabo guia. Assim como com crianças, devemos sempre estar atento a eles. Nos píeres ocorre o risco de queimaduras das patas. Observa-se sempre proprietários colocarem os chinelos para não queimarem os pés e saem andando com seus cães torrando as patas.
Nas praias cuidados com restos de animais e espinhos, além de plantas e animais que podem provocar perfurações e reações alérgicas. O excesso de água na pelagem, principalmente salgada pode provocar micoses e alergias de pele, além de infecção de ouvidos (otite).
Vamos às dicas:
Cuidado ao chegar no barco no primeiro dia. O maior risco é dele tentar fugir e se acidentar. Acompanhe o reconhecimento do novo ambiente.
Tenha coletes para animais com cabo guia. Caso não possuam, utilizar coleira peitoral com cabo guia.
Hidrate-os muito. Eles sofrem mais com o calor que os humanos por terem temperatura corporal maior, principalmente animais de focinho curto. Dê-lhes uma ducha fresca em seus corpos evitando a cabeça e tose o animal.
Cuidado com píer, chão e areias quente. Coloque sempre as mãos e veja se você aguenta o calor e por quanto tempo, preferível sair cedinho para dar uma volta com ele.
Tenha caixas ou toalhas higiênicas para necessidades naturais. Durante a viagem ou ancoragem. Descarte corretamente.
Evite mudar horários e alimentação do animal.
Use filtro solar nas orelhas de animais de pele clara, e focinhos longos ou despigmentados, pode evitar um futuro câncer de pele. Sim, eles tem também.
Não os levem à areia sem saber se é permitido, caso seja, leve o famoso saquinho para coletar as fezes e não contaminar os humanos.
Evite contato com outros animais da região, podem estar portando doenças regionais.
Animais enjoam também, mantenha-os no meio do barco na parte mais central perto da água e arejado.
Faça medicação preventiva para parasitas externos e internos.
Dê as vacinas necessárias da espécie, não só contra raiva.
Porte toda documentação: dentro do estado, atestado médico veterinário e carteira de vacinação atualizada. Para viagens a outro estados, além dos documentos já citados, guia de transporte de animais em mãos, pode ser bloqueado em barreiras sanitárias e ir para quarentena. Viagens para outros países, guias internacionais de viagem, e ver a legislação local, alguns não deixam desembarcar, outros confiscam os animais, na maioria permitem, se tiverem tudo em ordem, circular no país.
Consulte sempre o médico veterinário do bichinho, para saber sobre doenças, medicamentos, vacinas, cuidados, atestados etc.